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Empreender ou investir em negócios: o que é melhor?
O Brasil é um país empreendedor. Segundo a Taxa de Empreendedorismo Total (TTE), nosso país ocupa a 5ª posição entre 47 países pesquisados e o 4º lugar quando se analisa apenas América Latina e Caribe. E, de acordo com dados do Sebrae, o número de novos negócios cresce assim como a receite média deles.
Mas o mercado de fusões e aquisições também se aquece no país e isso pode ser percebido, por exemplo, pelo crescimento do número de empresas dedicadas a estratégias de M&A. Segundo dados da consultoria Dealogic, citados pelo jornal O Valor Econômico, a taxa de participação das firmas independentes nas transações subiu de 4% em 2017 para 25% em 2023, e representou um volume de US$ 9 bilhões.
Diante desses cenários, é bem comum que o empresário se pergunte sobre se é melhor empreender ou investir em negócios. Por isso, nesse artigo, tratamos a respeito das vantagens e dos desafios de cada uma dessas escolhas e ainda mostramos como também é possível empreender a partir de uma empresa pronta. Confira!
Qual a diferença entre empreendedor e investidor?
Considerando o sentido comum do termo, empreender é atuar diretamente para fomentar a realização de uma empresa ou atividade. Ao passo que investir é fazer o dinheiro trabalhar para você, seja por meio do investimento em ações de Bolsa de Valores ou ao investir em um negócio. Nesse artigo, vamos tratar especialmente sobre o investimento nesse sentido de direcionar seu capital para empresas.
Investir
Em primeiro lugar, ao investir seu dinheiro em um negócio você precisa ter estudado o mercado e escolher muito bem seu alvo. Afinal, só faz sentido depositar recursos em uma pessoa ou grupo em que realmente acredite. E pensando na ideia de investimento em negócios, você pode investir em:
- uma empresa já em andamento que precisa de aporte de capital;
- uma empresa que nasce do zero;
- em uma startup ou em uma ideia em desenvolvimento.
Cada uma dessas opções tem seus riscos e potencialidades inerentes e muito variáveis conforme o mercado e a própria empresa. Vamos a alguns exemplos. As possibilidades de ver seu dinheiro viabilizar inovações ou novos mercados é maior nas empresas novas, mas elas oferecem menor estabilidade de retorno e do valor total a ser investido. Ao passo que empresas em andamento que recebem investimento para crescer oferecem mais estabilidade, mas talvez menos inovação ou ganhos. Por outro lado, recuperar boas empresas em funcionamento que passam por problemas econômico-financeiros é um investimento de maior risco, mas que pode trazer alta rentabilidade. Como se pode ver, a lógica nesse caso não é matemática e, justamente, por isso escolher com bastante critério é um passo relevante para o investidor.
Mas, em segundo lugar e não menos importante, você precisa considerar se o papel de investidor te trará a satisfação profissional desejada. Isso porque investir facilita o acúmulo de patrimônio, rentabiliza seu dinheiro mais rápido do que ao abrir um negocio próprio e te dá mais tempo para fazer outras atividades, mas tira o dia a dia da operação. Contudo, há profissionais que ficam com sensação de menor realização profissional por isso.
Empreender
Ao empreender, você toca o seu negócio e pode realizar as coisas do seu jeito, com autonomia, mas isso implica ter de lidar com todos os trâmites (burocracia, mesmo!) do dia a dia da empresa. E, por consequência, representa uma demanda maior de tempo a ser dedicado aquele negócio em particular. Então, só vale a pena empreender quando você acredita mesmo na ideia, tem capital para isso (próprio, de investidor ou financiamento) e está disposto a “colocar a mão na massa”. Assim como no caso de investir, você também pode empreender:
- a partir de empresa pronta;
- com uma empresa que nasce do zero;
- como uma startup.
Novamente aqui, como no caso anterior, cada uma dessas formas tem suas vantagens e desvantagens potenciais. Iniciar uma empresa do zero, ou até uma startup, é um caminho para realizar sonhos muito particulares, embora crescer organicamente, em geral, demore mais. De outro modo, você pode empreender a partir de uma empresa em funcionamento para a qual você dará novos destinos, fará crescer e ocupar novos mercados ou nichos.
Em suma não há uma regra para tomar essa decisão, mas existem algumas premissas para saber quando é melhor empreender ou quando investir, como, por exemplo:
- avalie seu perfil pessoal e suas preferências considerando as características acima;
- mensure seu capital disponível;
- considere sua propensão pessoal a correr riscos;
- reconheça o valor das oportunidades presentes, etc.
Dicas de fusões, aquisições e valuation para quem vai empreender ou investir
Se você vai investir ou empreender a partir de uma empresa que já existe, então é fundamental ter algumas noções sobre fusões, aquisições e valuation. Seguir as etapas estratégicas do M&A é uma forma de aumentar as chances de ter êxito na compra da empresa e até mesmo no investimento que será feito. Elas envolvem, em primeiro lugar, conhecer o valuation que vai ajudar a pagar o que a empresa realmente vale, considerando seu potencial de crescimento e cenário atual. E também será útil para reconhecer o quanto a empresa tem potencial de responder ao um dado investimento.
Além do valuation, um processo de fusões e aquisições seguro tem outros cuidados, como assinatura de documentos para dar segurança e sigilo às partes; estratégias para melhorar a negociação e garantir um contrato de fechamento mais preciso. Se a empresa terá sócios, é bem importante considerar a realização de um acordo de sócios, um documento que vai conter as regras de funcionamento da sociedade de forma mais detalhada do que consta do contrato social.
Conclusão
Nesse artigo falamos sobre o que é investir e empreender e quando é melhor optar por um ou outro desses caminhos. Esperamos que isso te ajude a pensar melhor a respeito de como usar o seu capital de forma mais assertiva possível.
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