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Fusões e Aquisições (M&A): como comprar, vender e investir em empresas com segurança

As fusões e aquisições (M&A) são uma das principais estratégias de crescimento e reestruturação empresarial e é bem possível que você esteja experimentando uma oportunidade assim neste momento. Pois bem, na prática, elas acontecem quando uma empresa compra, se associa ou se integra a outra — seja para expandir mercado, diversificar produtos, aumentar eficiência ou atrair capital. Mas, quero destacar que comprar ou vender uma empresa exige mais do que identificar oportunidades, também envolve planejamento estratégico e assessoria especializada. Por isso, nós fizemos este guia a fim de te ajudar a entender como colocar o M&A em prática de forma segura, estruturada e com foco em resultado.
Atenção: Para conhecer sobre o assunto de forma global, acesse o guia central sobre fusões e aquisições | compra e venda da D&R Negócios.
Sumário
- Comprar uma empresa: oportunidade de expansão estratégica
- Vender uma empresa: quando e como fazer isso com sucesso
- Investir ou se associar: novas formas de aplicar o M&A
- Cuidados essenciais em processos de M&A
- O papel da assessoria financeira e jurídica em M&A
- Próximos passos na sua jornada
- Conclusão: aplicar fusões e aquisições é planejar o futuro da sua empresa
📖Este é o nosso conteúdo principal sobre Aplicações e cuidados em Fusões e aquisições. Ao longo deste conteúdo, você descobrirá como comprar, vender ou investir em empresas com segurança, evitando riscos comuns e tomando decisões baseadas em análise, planejamento e assessoria especializada. ↠ Ao final deste artigo, você encontrará os links para seguir essa trilha de aprendizado.
1. Comprar uma empresa: oportunidade de expansão estratégica
Dentro do universo das fusões e aquisições (M&A), comprar uma empresa é um dos processos escolhidos para acelerar o crescimento, entrar em novos mercados e reduzir custos de entrada. Afinal, tudo isso é algo bem mais difícil de alcançar apenas com crescimento orgânico. Contudo, antes da aquisição de qualquer negócio, o ideal é:
- Definir o objetivo estratégico (expansão, diversificação ou integração);
- Realizar um valuation detalhado para determinar o valor justo da empresa;
- Conduzir uma due diligence completa para mapear riscos e contingências;
- Estruturar contratos que assegurem o retorno do investimento.
Desse modo, contar com uma assessoria financeira especializada pode te ajudar a garantir uma transação justa e segura.
2. Vender uma empresa: quando e como fazer isso com sucesso
Vender uma empresa não é sinônimo de crise. Na maioria dos casos, representa um movimento estratégico de liquidez, sucessão ou reposicionamento de mercado. Dentro do processo de fusões e aquisições, a venda envolve:
- Preparar a empresa (organização financeira, contábil e jurídica);
- Elaborar um memorando de informações para apresentar aos interessados;
- Manter sigilo e confidencialidade por meio de NDAs;
- Negociar os termos e cláusulas do contrato de compra e venda.
Além disso, antes de vender, é essencial saber o quanto o seu negócio vale.
3. Investir ou se associar: novas formas de aplicar o M&A
Nem toda operação de M&A envolve a compra ou a venda total de uma empresa. A entrada de um novo sócio é, muitas vezes, a forma mais eficiente de fortalecer a estrutura da empresa sem abrir mão do controle. Assim, em muitos casos, as empresas optam por associar-se, receber um novo sócio ou vender participação parcial. Esse tipo de operação possibilita:
- Entrada de capital e know-how de novos investidores;
- Expansão controlada do negócio sem perda total de controle;
- Planejamento de sucessão empresarial estruturado.
Mas existem algumas diferenças entre associar-se a outra empresa, receber um novo sócio ou vender participação parcial e é isso que vamos te explicar na sequência.
Associar-se
Termos correlatos: investimento minoritário, private equity, corporate venture, sócio estratégico.
Associar-se envolve a união entre duas (ou mais) empresas juridicamente independentes a fim de desenvolver um projeto, explorar um mercado ou compartilhar tecnologia, recursos e riscos, sem que uma compre a outra. O mercado costumar chamar a isso de joint venture, consórcio empresarial, parceria estratégica.
Nesse caso, cria-se uma nova sociedade (joint venture), controlada conjuntamente pelas empresas associadas e cada parte contribui com capital, ativos, know-how ou estrutura. Portanto, o objetivo é somar forças em algo que seria mais difícil ou custoso fazer isoladamente.
Exemplo prático:
Duas empresas de tecnologia criam uma terceira empresa conjunta para desenvolver um software de inteligência de mercado — cada uma com 50% das quotas.
Essa parceria criada pode ser temporária ou permanente, mas nunca há alienação da empresa original. Logo, as empresas mantêm sua independência, mas compartilham resultados do projeto conjunto, afinal, o foco é em sinergias e expansão controlada.
Entrada de Investidor ou Sócio Estratégico
Receber um novo sócio significa que a empresa abriu parte do seu capital para a entrada de um novo investidor — seja uma pessoa física, um fundo de investimento ou outra empresa — em troca de aporte financeiro, expertise ou relacionamento de mercado. Esse tipo de aporte é usado para crescimento, inovação ou reestruturação e, por isso, torna-se ideal para empresas que buscam capital e conhecimento, sem abrir mão do comando.
O novo sócio pode investir diferentes tipos de recursos como, por exemplo, capital financeiro, tecnologia, rede de contatos em troca, recebe participação societária (quotas ou ações). Logo, nesse caso, a empresa original não é vendida, mas passa a ter um novo parceiro no quadro societário.
Exemplo prático:
Uma startup que recebe aporte de um fundo de private equity em troca de 30% das quotas, com o objetivo de expandir para novos mercados.
Em casos assim, o controle societário pode ou não mudar (dependendo do percentual adquirido), mas é sempre importante firmar o acordo de sócios com regras de governança, voto e saída.
Venda da participação parcial
Termos correlatos: venda parcial, alienação minoritária, venda estratégica, “sell-down”.
Já a venda da participação parcial acontece quando o empreendedor ou grupo controlador vende parte das suas quotas ou ações, mas geralmente sem transferir o controle total da empresa.
Isso pode acontecer a partir de venda minoritária (ex.: 20% das ações) ou majoritária (ex.: 60%, mas com acordo de retenção temporária de controle). Esse tipo de operação gera liquidez para o sócio vendedor e pode trazer um parceiro estratégico para acelerar o crescimento. Desse modo, o comprador passa a participar dos lucros, decisões e governança da empresa.
Exemplo prático:
Uma indústria familiar vende 40% de participação a um grupo internacional, mantendo 60% e o controle da gestão.
Diferente da entrada de um novo sócio, em que o dinheiro entra diretamente na empresa como investimento novo, aqui o valor vai para o dono que está vendendo uma parte das suas quotas — ou seja, ele está repassando uma fatia que já era dele. Logo, essa transação gera liquidez imediata para o sócio vendedor, já o comprador pode ser investidor financeiro ou estratégico. Em muitos casos, esse pode ser o primeiro passo de uma venda total futura (opção de compra restante).

4. Cuidados essenciais em processos de M&A
O sucesso das fusões e aquisições depende da gestão de riscos jurídicos, financeiros e operacionais do M&A. Entre os principais cuidados estão:
- Sigilo e confidencialidade: proteger informações estratégicas do negócio.
- Valuation: assegura que o valor negociado reflita o verdadeiro potencial da empresa, por isso é uma etapa indispensável do processo.
- Due Diligence: auditoria completa da empresa-alvo antes da compra.
- Contratos e garantias: cláusulas de não concorrência, Escrow Account e Earn-Out.
Assim, ignorar essas etapas pode comprometer a viabilidade do negócio e gerar passivos futuros difíceis de reverter. A existência de um processo bem estruturado que possui providências específicas para cada fase indica a importância de uma assessoria especializada em operações desse tipo.
5. O papel da assessoria financeira e jurídica em M&A
As empresas que passam por fusões e aquisições (M&A) precisam de uma equipe técnica capaz de conduzir todo o processo com confiança, método e visão de mercado. Nesse caso, a assessoria atua desde o planejamento até o fechamento, cuidando de valuation, negociação, documentação e integração pós-fusão. Em alguns casos, o especialista em fusões e aquisições também pode assessorar indiretamente ou atuar em fases específicas. O importante é que esse tipo de profissional funciona como ponte entre comprador e vendedor, garantindo que ambas as partes tenham segurança, transparência e resultados sustentáveis.
Próximos passos da sua jornada
Este artigo faz parte do conjunto de conteúdos sobre Aplicações e Cuidados em Fusões e Aquisições (M&A) — uma trilha que mostra como colocar o M&A em prática com segurança, eficiência e visão estratégica. A seguir, você pode explorar outros conteúdos que aprofundam os principais temas dessa jornada, do planejamento à execução das negociações:
- Entrada de novo sócio em sociedade limitada
Veja como estruturar a entrada de um novo investidor ou sócio de forma juridicamente segura e equilibrada para todas as partes. - 5 benefícios de investir em empresas de TI
Descubra por que o setor de tecnologia é um dos mais promissores para quem busca investir em empresas e como avaliar oportunidades de forma estratégica. - Quer comprar uma empresa?
Veja quais são os cuidados indispensáveis ao adquirir um negócio já em operação — e como evitar riscos comuns nas negociações. - 5 dicas para comprar empresa em funcionamento
Aprenda o que avaliar antes de fechar negócio e como garantir que a empresa adquirida traga retorno e sinergia ao seu portfólio. - Confira os pré-requisitos para vender uma empresa
Saiba quais condições e documentos são indispensáveis para conduzir uma venda de forma profissional, transparente e bem-sucedida. - Quero vender minha empresa: o que devo fazer?
Entenda o passo a passo da venda — da decisão estratégica à negociação final — e como conduzir o processo com segurança. - Quatro prioridades para garantir êxito no M&A
Conheça os quatro fatores essenciais que determinam o sucesso de uma fusão ou aquisição — da preparação ao pós-negócio. - Os segredos por trás de uma combinação de negócios bem-sucedida
Compreenda como alinhar cultura, estratégia e finanças para transformar a fusão entre empresas em um verdadeiro caso de sucesso.
Conclusão: aplicar fusões e aquisições é planejar o futuro da sua empresa
Aplicar M&A é planejar o futuro da sua empresa com visão estratégica. Afinal, as operações de fusões e aquisições vão muito além das finanças — envolvem propósito, sinergia e sustentabilidade de longo prazo. Desse modo, exigem planejamento, cautela e o suporte de profissionais especializados em valuation, finanças e negociação.


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